Tem dias que a gente se sente
Como quem matou e copiou
A gente estancou de repente
O mundo então decresceu
A gente finge ter voz ativa
Em nossos destinos mandar
E eis que chega a tropicália
E carrega as idéias pra cá
Homeopático, neo-romancista
Inarticulado, tímido e gentil
O tempo se deixa voar
Nos instintos de um infantil
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Sem voltas no mar, nem na gente
Há muita de nossa energia
Para com as conseqüências arcar
Com idéias surrealistas
E um novo modelo criar
Homeopático, neo-romancista
Inarticulado, tímido e gentil
O tempo se deixa voar
Na insensatez da renovação
A roda da classe surrealista
Não quer este incômodo, Senhor
Não posso nem fazer cantigas
De um mundo que ultrapassou
Na forma de pensar sem manias
Viola na rua, a atacar
E eis que chega a tropicália
E traz um delírio pra cá...
Homeopático, neo-romancista
Inarticulado, tímido e gentil
O tempo se deixa voar
Na mente do humano-hostil
O momento, a audácia e referência
Um dia a fogueira queimou
Foi a má visão política
Que a brisa primeira levou
No plano que a gente enxerga
Faz-se força pro tempo parar
E eis que chega a tropicália
E carrega esse plano pra cá
Homeopático, neo-romancista
Inarticulado, tímido e gentil
O tempo se deixa voar
Na mente do humano-hostil!
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